sexta-feira, 18 de julho de 2014

Como, onde e com quem parir?! A dúvida de quase toda gestante!

A gestação é um momento de grandes incertezas e descobertas para uma mulher. Como se não bastassem todas as mudanças fisiológicas e emocionais a que somos submetidas, contamos ainda com os problemas da política de saúde no Brasil para nos atormentar.


Pois bem, acabo de fechar o ciclo do tão temido primeiro trimestre de gestação e a única coisa que ocupa a minha mente é como, onde e com quem parir.


Acontece que esta ação, a princípio tão natural, nos dias de hoje é cada vez mais inviabilizada pela lógica de desenvolvimento social e econômico que vivemos. Parir, dar aluz, ter um filho - ou qualquer outra forma que nos couber apelidar o ato de trazer uma criança ao mundo - virou um negócio de grande interesse do capital e por isso é tão difícil encontrar profissionais dispostos a auxiliar uma gestante na sua hora.


Os planos de saúde estão repletos de médicos que recebem pouco pelos atendimentos e procedimentos realizados e a bem da verdade é que não compensa desmarcar todo um consultório para acompanhar um trabalho de parto.


Já os serviços públicos de saúde estão completamente sucateados e com profissionais que recebem mal e estão esgotados pelo excesso de trabalho¹. Nota-se portanto um problema crônico nos dois polos da moeda na saúde pública no Brasil. De um lado os serviços públicos de saúde emperrado ou que não funcionam, de outro os profissionais e serviços liberais que buscam ganhos cada vez maiores.


No meio desse dilema e na busca por uma equipe de saúde especializada e disposta a me ajudar com a construção de um parto humanizado, percebi que existem 2 perfis distintos de profissionais na área da saúde obstétricas:


1) Existem aqueles que se entregaram ao modelo privatista de saúde e que sequer concebem o parto normal enquanto uma forma de trazer uma nova vida à sociedade. Para estes a cesárea é a primeira e única opção de parto. 
2) Existem ainda os profissionais comprometidos com o desejo e o protagonismo da mulher. Todavia seu trabalho é completamente desvalorizado pela iniciativa privada e pelo Estado, o que resulta na cobrança pelo acompanhamento do parto natural.

De certo eu me apeguei ao segundo perfil de profissional mas os preços oferecido pelos serviços prestado não cabem no meu bolso - nem mesmo os dos profissionais mais reconhecidos entre as ativistas do movimento social da luta pela humanização do parto². 
Foi então que, depois de ler alguns relatos positivos de partos em maternidades públicas no Rio de Janeiro, eu decidi fazer o meu pré-natal no posto de saúde.

Como uma luz no fim do túnel, me parece que existem pouquíssimas instituições públicas alinhadas ao projeto humanista. Apesar disso, a leitura das experiências das ex-gestantes nos mostram que tal projeto está sempre sujeito a ação dos profissionais que o protagonizam ou não, dependendo assim do momento e da equipe disponível na hora do parto.  

Isso faz com que a incerteza de como, onde e com quem parir ainda permeiem a minha escolha. Não quero me submeter ao que chamam de roleta-russa, deixando a mercê da sorte e da vontade de outrem a existência ou não do meu parto humanizado. Além disso eu encontrei um obstetra particular - com quem também faço meu pré-natal -  que é muito atencioso, dedicado e disposto a realizar o parto da forma que desejo. Creio que teríamos como fortalecer os laços de confiança fundamentais para a existência de um parto humanizado. Mas conforme eu sinalizei, infelizmente não teria como pagar o valor cobrado. 

Por isso, acho que existem muitos desafios na saúde pública e na obstetrícia no Brasil, mas de certo, o maior deles é a lógica do capital que impõe à gestante, dentre outros problemas, a dúvida de como parir.  

¹ Sabemos o quanto é comum na área da saúde, ainda mais entre os servidores públicos, o acúmulo de vínculos empregatícios. Tal processo pode contribuir para as mais diversas formas de adoecimento no trabalho e de posturas profissionais pouco humanizadas. Cabe lembrar que o acúmulo de empregos só é possível a partir da existência de baixos salários, do descaso dos gestores públicos e de planos de carreiras totalmente desatualizados.

² Esse é um aspecto que não pode ser secundarizado entre os ativistas dos movimentos sociais pró humanização. Os preços cobrados pelo acompanhamento do trabalho de parto fazem parecer que parir com humanidade virou coisa de rico. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Agora é olho por olho, dente por dente?

Não tenho dúvidas que estamos vivendo uma situação de barbárie social. Como se não fosse suficiente a ausência do Estado em tudo - saúde, educação, transporte, lazer, etc. - vejo inciar-se no Brasil uma verdadeira guerra civil. Digo isso porque as últimas notícias apontam para uma guerra de todos contra todos e uma total ausência oportuna do Estado.
Como exemplo da afirmação aludida destaco os casos dos "justiceiros" no Rio de Janeiro e de tantos outros Brasil a fora. 

Infelizmente eu não teria uma resposta de imediato para atender aos anseios oriundos da minha reflexão, mas o ponto de partida, de certo, é a formação da nossa consciência de classe.

Amigos,  não nos deixemos abater pelas dificuldades. A vida na sociedade moderna é cruel e desumana, todavia juntos podemos transformar essa realidade. 

Somos centenas, milhares, bilhões de trabalhadores tolidos de vivermos a nossa plenitude. Somos explorados, humilhados, menosprezados e agredidos cotidianamente pelo capital e seus representantes.  

Por isso, não podemos deixar que pessoas como nós - que sofrem na pele os danos por conta desta sociedade desigual - sejam dupla, triplamente agredidas. Não devemos ser nós os agressores. Não somos cruéis como eles.
Infelizmente, a violência e a barbárie social estimulada por pessoas como Rachel Sheherazade só matam os nossos. Sim, eles são nossos porque são tão vítimas quanto nós. 

Então, não nos deixemos enganar e sigamos juntos! 
 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Prefiro a moda retrô. O bullyng em questão.

Esta é uma polêmica sobre o bullyng.

Há algum tempo, hora ou outra, me pego pensando e questionando sobre o chamado bullyng. Este conceito, recém criado mas já bastante difundido entre nós, remete-se originariamente ao espaço e a convivência escolar entre os estudantes. Ele é um termo utilizado para descrever atos de violência intencionais, física e psicológica, que por ventura aconteçam entre alunos.

Todavia, formas mais atuais de tratar do assunto, expandem o conceito para outros espaços de convivência humana e outro sujeitos sociais como: trabalhadores no ambiente do trabalho, estudantes universitários ou vizinhos de bairro. Cabe destacar que o bulling ter como alvo também grupos de indivíduos.

Acho interessante estudar e registrar as formas de violências contemporânea – que retratam em última instancia a faceta doentia da nossa atual sociedade – mas tenho grande receio que o bullyng mascare as diferentes expressões da opressão a que somos submetidos cotidianamente.

O que quero afirmar com isso? Quero dizer que observo frequentemente notícias do dito bullyng que na verdade são expressão do machismo, da homofobia, do racismo, da xenofobia e de outras formas de opressão. Não sei se os mais novos pensadores decidiram colocar no mesmo saco as diferentes farinhas – porque sim, são farinhas do mesmo saco que servem, na atualidade, somente para explorar mais ainda segmentos específicos da classe trabalhadora – ou se se existe uma tentativa velada de mascarar as estratégias da burguesia para manter seus privilégios.

Conforme blog especifico sobre bullyng, divulgado mais adiante : “De acordo com a pesquisa sobre preconceito e discriminação no ambiente escolar, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas econômicas (Fipe), a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), negros, pobres e homossexuais estão entre as principais vítimas de agressões físicas, acusações injustas e humilhações nas escolas públicas.”.

Opa?! Será que isso é bullyng mesmo?!

A modernidade e seu pensamento mais atual tem trazido muitos elementos conservadores e reacionários sob nova roupagem. Neo conservadores e pós-modernos tentam disfarçar os equívocos passados, passiveis de superação, através de um esforço peculiar e cuidadoso para a elaboração e difusão “novos” pensamentos.

Como isso se passa no cotidiano ? Qual a relação com o bullyng ? Bom, é muito mais fácil dizer que o Joãozinho cometeu bullyng do que afirmar que vivemos numa sociedade opressora que formou o Joaozinho – ainda tão pequeno – n’um menino machista e homofóbico, por exemplo.

Vivemos em uma sociedade que nos impõe um padrão de beleza, de sexualidade, de relacionamento e de sociabilidade, que expressa todo preconceito acumulado até então. Apesar disso, é possível observar esforços para disfarçar os diferentes tipos de preconceitos, afinal, é mais bonito e chique a palavra bullyng do que preconceito. Já que o vocábulo preconceito está impregnado de associações ruins (ser chamado de preconceituoso pode ser uma ofensa para alguns), inventemos outro para que as práticas opressoras e preconceituosas possam continuar existindo de forma atenuada.

Para algumas coisas gosto do tradicional, por isso, acho importante que tentemos analisar a realidade a partir dos seus elementos contemporâneos, todavia, temos que ter o cuidado de não apagar da nossa história o acumulo de críticas e reflexões necessárias à transformação da nossa sociedade.

Abaixo, deixo algumas matérias marcantes que mostram como o bullyng, na verdade, era uma forma de opressão:

http://revistasamuel.uol.com.br/blogs/transtudo/the-unslut-project-diario-de-uma-adolescente-contra-o-bullying-misogino/

http://bullyingceft.blogspot.com.br/2011/04/negros-sofrem-mais-com-o-bullying.html

http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/08/08/mae-registra-bo-apos-filho-ser-chamado-de-felix-pela-professora.htm

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O PT rifou nossa maior reserva de petróleo

Privatizando

"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário.
E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence."
Bertold Brecht





Hoje, com a efetivação do leilão de Libra, nada mais nada menos do que a maior reserva de petróleo do país, o governo petista mostra mais uma vez a sua cara. Sinto muitíssimo por aqueles que um dia acreditaram n'um Governo do PT, mas cotidianamente eles reafirmam pra que vieram: vieram para garantir o lucro da burguesia e rifar - a preço de banana - a riqueza dos nosso país! 
Como estratégia de disseminação da política de privatização, o Governo petista utilizou, e ainda utiliza, diversas táticas de difusão da sua ideologias mentirosas, que vão desde a oferta de políticas públicas sucateadas,  até a repressão.
Cabe lembrar que para o leilão de Libra, a Presidente Dilma solicitou o Exercito Nacional para conter possíveis mobilizações contra a DOAÇÃO do nosso petróleo aos agentes internacionais.
Para resgatar alguns fatos sobre o histórico vergonhoso da relação do PT com a privatização daquilo que construímos através de muita luta política, retiro alguns trechos da minha dissertação de mestrado, pois acho que eles sintetizam algumas das façanhas realizadas pelo PT : 

"[...]em 2003, Lula da Silva, candidato petista de grande expressão popular durante o crescente movimento sindical da década de 1980, chega à Presidência da República.
Lula, ao carregar consigo uma trajetória de luta operária e sindical, ofereceria ao conjunto dos trabalhadores um governo voltado ao benefício dos próprios trabalhadores, o que não ocorreu.
Confrontando-se com essa ideia, já em 2003, a Reforma da Previdência – mesmo com forte oposição e luta de diversos setores sindicais não vinculados ao governo – foi implementada. Ela significou o sucateamento da previdência pública para privilegiar as de iniciativas privadas, impondo ao conjunto dos trabalhadores a redução da aposentadoria e o aumento do tempo de contribuição e da idade para se requisitar o benefício. O governo petista optou por aprofundar a política macroeconômica de FHC, negando algumas bandeiras de luta dos trabalhadores.
A análise acerca do governo Lula deixa em evidência vários ataques ao conjunto da classe trabalhadora desde que Lula da Silva chegou à Presidência da República.
Vivenciamos a continuidade do sucateamento da saúde com os diferentes projetos de privatização das redes do Sistema Único de Saúde (SUS); vivenciamos a Reforma da Previdência, o REUNI, que expressa o sucateamento das universidades públicas, e, ainda, a renovação do acordo com o FMI. Todas essas iniciativas revelaram – e revelam – a continuidade da implementação das contrarreformas no Estado brasileiro.
'Aparentando, para a sociedade, uma versão reciclada do “pai dos pobres” (e “mãe dos ricos”), Lula da Silva vai avançando na obra incompleta de seu antecessor, quase sempre com o incômodo e a complacência inerte de uma oposição parlamentar burguesa que tem diante de si a esquizofrênica tarefa de combater seu próprio programa e algumas das “obras” de seu maior mentor, FHC. (LEITE, 2010, p. 93)'
[...]
O atual governo Dilma segue a política de favorecimento do capital em detrimento dos direitos dos trabalhadores, e a postura dos setores cutistas não se diferencia daquela impressa durante a política de Lula." (CARDOSO,2012, p. 113-116)

Pois bem, Dilma se mostra omissa em relação a diversas pautas erguidas pelos seguimentos organizados da esquerda do nosso país. Até o momento não se pronunciou em relação a repressão dos movimentos sociais Brasil a fora - na verdade, em suas poucas declarações é possível entender que ela concorda com a violência estatal -, não atendeu aos nosso apelos contrários a privatização do Maracanã, não externalizou coisa alguma sobre a internação compulsória proposta por aquilo que chamo de "violenta limpeza social e urbana" e, por fim, não mede esforços para jogar avanço aquilo que nosso país produz de riquezas.
Mesmo com 70% dos petroleiros em greve a Presidenta quer leiloar nosso petróleo! São cerca de 12 bilhões de barris que poderão ser produzidos.  
É necessário que avancemos nas análises dos governos, para que avancemos também nas alternativas concretas de transformação da realidade social, ainda que sejam elas de curto prazo - como uma alternativa de representação criada no bojo da esquerda UNIFICADA do nosso país. 

domingo, 20 de outubro de 2013

Sobre os beagles do Instituto Royal e a crueldade com os animais

A inovação tecnológica há muito vem propiciando melhores condições de vida aos seres humanos, todavia, nem todos os indivíduos vivos podem desfrutar plenamente desse benefício. Pra além da concentração de riquezas - coisa essencial para compreendermos o "usufruto" daquilo que é produzido pela humanidade, é a moral capitalista quem define, por enquanto, a distribuição dos ganhos conquistados pelos avanços da tecnologia.
Graças à capacidade humana de desvendar sua realidade a partir de reflexões teleológicos, hoje avançamos muito nos processos de pesquisa, tanto que já é sabido um conjunto de outras estratégias científicas que descartam a crueldade com os animais e utilizam métodos substitutivos como os testes in vitro, as peles sintéticas, simuladores eletrônicos e tantos outros produtos fruto da criatividade humana.
O problema que segue em relação à pesquisa em animais diz respeito, única e exclusivamente a moral capitalista – que garante os privilégios e o lucro da burguesia e seus representantes. Pra que gastar com outras tecnologias se eles [os capitalistas] podem economizar fazendo testes em animais?
Isso não significa dizer que os testes em animais sejam isentos de tecnologia, mas devemos reconhecer que tais procedimentos são uma forma de conhecimento empírico que descarta qualquer valor ético comprometido com a emancipação da humanidade, afinal, eles deixam de lado aquilo que o próprio homem avançou em relação à ciência e a tecnologia. Afirma-se com isso que é a moral do lucro e do individualismo que permeia a relação desequilibrada entre homem e natureza. Aqui está o centro da nossa polêmica.
A violência contra os animais demostra o quanto a cultura atual representa a lógica CRUEL de realizações pessoais individuais e de banalização da vida, seja ela humana ou não. Pode-se caçar por prazer, torturar por prazer e ainda comprar vidas por prazer como se, em todas essas atividades, homens e demais animais fossem coisas. Com animais não humanos é mais fácil identificar esses processos. Mas, como isso acontece com os humanos? Caçam e torturam os pobres somente por serem pobres, escravizam crianças e trabalhadores do campo e da cidade, e ainda admitem – de forma velada – a prostituição e a venda de nossos corpos. Ou seja, a coisificação e banalização da vida afirma que vivemos n'uma forma irracional de sociabilidade entre os indivíduos e indivíduos/seu meio, que não se esgota com os exemplos citados. 
Não se pretende com este escrito, afirmar que a vida de outros animais se iguala a vida de seres humanos, posto que em geral, a vida de seres humanos se iguala a dos animais em especial, quando nos lembramos da exploração, da pobreza e da miséria a que milhares dos nossos são submetidos.
Todavia, não podemos esquecer que a crueldade contra os animais e a destruição do meio ambiente, em todas as suas expressões, representam em ultima instancia a lógica de privilégios do capital e, nesse sentido, reforçam a moral do lucro em nome da falácia do desenvolvimento humano.
O meio ambiente, embora não seja vida humana, compõe parte significativa da sociabilidade entre os homens, e integra seres vivos que podem coexistir em plena harmonia com os indivíduos. Essa coexistência somada às inovações tecnológicas podem oferecer condições de vida plena ao conjunto da classe trabalhadora. 
Infelizmente, vivemos em tempos de secundarização da vida e destruição do planeta sob a ótica da lucratividade do capital, onde o desmatamento de florestas, a destruição da camada de ozônio, o assoreamento dos rios e a poluição do meio ambiente são permitidos para garantir os privilégios da burguesia. 
A recente comoção em torno da libertação dos beagles escravizados no Instituto Royal refletem em parte, os problemas da relação entre homem/natureza/avanços tecnológicosOs testes em animais representam, em primeiro lugar a produção de um conhecimento empírico atrasado, como se os homens já não tivesses criado outras formas de conhecer a realidade. Em segundo, representam uma estratégia cruel do capital para garantir seus lucros, reduzindo seus custos e disseminando assim sua moral vale-tudo assassina.
Afirmamos ainda, categoricamente, que poucos humanos realmente desfrutam dos resultados das inovações tecnológicas produzidas na atualidade, já que nossa sociedade é dividida em classes sociais e o acesso àquilo que foi construído coletivamente fica sob a posse de poucos.
Por fim, e não menos importante, destaca-se que essas frentes de luta não devem ser encaradas como oposição à emancipação humana, tão pouco como pautas secundárias nos processos de enfrentamento entre capital e trabalho pois, lutar contra a banalização da vida, pelo fim da escravidão animal e pela preservação do meio ambiente representa pensar em uma sociabilidade diferente da órbita do capital.